quarta-feira, 5 de junho de 2013

Comando 22 - Programa Policial exibido em Fortaleza, antigamente apresentando pelo ''repórter'' Ely Aguiar.


Como conteúdo jornalístico esse tipo de programa é, muitas vezes, caracterizado como um jornalismo muito mais de entretenimento do que de informação pela a maioria dos especialistas da área, porém nota-se a confirmação dessa característica pela forma que a linguagem é abordada nesses programas policias. A forma como o ''repórter'' interage com o entrevistado é bem mais pessoal do que deveria, como se supostamente o repórter estivesse conversando com um amigo. Nesse vídeo nota-se em grande escala a utilização de palavras de conteúdo regional e/ou popular,como, por exemplo: '' Deu o baculejo'',  ''Macho véi'', ''Comedozim de rapadura''. No código de ética dos jornalistas brasileiros há uma passagem que fala que os jornalistas não devem divulgar informações de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes. Nota-se que esse tipo de conteúdo transmitido na TV fere totalmente a ética jornalística, é contrário a todos os princípios do jornalismo e, ao contrário do que se pensa, não tem nada de informativo. Falando um pouco do público que dá audiência a esses programas percebe-se que a maioria acha utilitário e informativo, porém, ao mesmo tempo, uma maioria tem vergonha de assumir que assiste. A audiência só demonstra que o público-alvo está sendo atingido e que o emissor está conseguindo transmitir a mensagem, aderindo á várias significações dadas por cada indivíduo. A construção da linguagem juntamente com a imagem cria também nesses programas um forte apelo emotivo, que muitas vezes mostra a realidade baseada somente em violência e desgraça. Conclui-se que a linguagem é justamente adequada para a massa da população com o objetivo de aproximação para com o telespectador que se identifica com o ''repórter'' e com o que acontece cotidianamente em sua vida. 

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